Depois de um bom jantar (durante o dia somente rodamos de moto, não almoçamos. Quando sobra um tempinho fazemos um lanche - sanduíche, pastel) e de uma reduzida noite de sono, acordamos às 4 h para arrumar as motos e partir às 5h30 rumo ao Chaco argentino.
Quando amanheceu já estávamos em frente à Aduana paraguaia. Não demorou muito e logo nos colocamos em marcha. O Google e o GPS davam como melhor a XXXXX, mas tivemos informações de que a estrada não estava boa e fomos por Clorinda.
Tínhamos de rodar mais de 1000km e antes das 10h já fazia 30 graus.
Pilotagem difícil, nós rumo Oeste e o vento rumo Nordeste. Difícil, o vento te pega meio de lado, os pequenos parabrisas das motos não dão conta. Para cumprir nossa meta do dia, tivemos de manter uma velocidade compatível, ou seja, mais de 120 km/h e assim o vento estoura no capacete durante todo o tempo.
Mas andar de moto não é só perrengue, não. É sofrido, mas gratificante. Não sei bem o que aqueles que grandes viagens de moto pensam, pois andar na chuva, vento forte, sol escaldante, frio, calor... a gente devia ir de carro ou avião.
Grande problema: falta de gasolina no norte da Argentina. Todo ano é a mesma coisa. Em alguns postos há combustível e em outros não. Como a autonomia de uma moto gira em torno de 300 a 350 km, é normal os motociclistas ficarem na estrada sem combustível. E foi exatamente o que ocorreu: um grupo de paulistas (Ricardo, Renato e Rômulo) ficaram sem gasolina a mais ou menos 80 km do próximo posto. Foi uma dureza com aquele calor na beira da estrada (quem conhece a região sabe, não há sombra).
Minha moto entrou na reserva, mesmo com os 4 litros extras que eu abasteci em duas garrafas PET. O Joel tirou um pouco de gasolina da moto dele (tanque enorme; 33 litros) e comboiamos o Renato (com uma Tiger) andando a menos de 100 km/h para economizar combustível.
Chegamos ao hotel em Jujuy bem à tardinha, muito cansados.
No último posto que parei, tomei 1,5 litros de água e refri. Estava realmente desidratado.
Ao chegarmos um Jujuy havia grandes filas nos postos de combustível. Também problemas de abastecimento. Deixamos para abastecer as motos na manhã seguinte, bem cedo.
Amanhecer na aduana de Clorinda (Paraguai - Argentina) |
Olá Müller. Tudo bem ?
ResponderExcluirEstou querendo fazer exatamento esse mesmo percurso que vc fez. Assunção - San Salvador de Jujuy. Vi no Google que é uma imensa reta e tiveram problemas com combustível. No caminho não há cidades/vilarejos e com postos de combustível.? Como vcs fizeram ?
Valeu, abraço
Henrique
Brasília
Oi Henrique. Já cruzei por esta região várias nos últimos 6 anos e sempre tive problemas com abastecimento. São poucos postos e, devido a autonomia das motos, temos de parar mais q os carros. Acaba dando uma certa ansiedade, pois não sabemos se no próximo posto haverá gasolina. Em uma das viagens, não havia combustivel na cidade (Federal), estacionmaos a moto na praça central e consegui comprar 10 litros de um particular (veja link http://blog.travelpod.com/travel-blog-entries/cristinerei/2/1294051478/tpod.html ). Aconselho a levar um recipiente reserva, em torno de 5 litros e durante a viagem prestar atenção se há muitas fias de automoveis nos posts, pois isto é indício falta de combustvel na região. Normalmente nas cidades maiores, não há problema, com exceção das filas para abastecer. Espero ter ajudado e boa viagem.
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