A MOTO.
A moto tem correspondido as expectativas. Motor menos potente que a anterior Dl 1000, porém é mais leve e versátil.
O grande diferencial, o freio ABS que aumenta a confiança do piloto ao frear, mesmo em curvas. Considerando que andamos mais de 12.000km em estradas e em muitas situações, com centenas de quilômetros de curvas, é perfeitamente normal que o piloto erre ao entrar em algumas das curvas que se mostram a nossa frente. Neste momento, só quem anda de moto, tem conhecimento que às vezes é difícil corrigir este erro. Aí, o freio ABS faz toda a diferença.
A autonomia não é boa para as grandes viagens, mais dois ou três litros no tanque fariam uma grande diferença. A média de km por litro tem se mantido acima de 20, dependendo da velocidade e altitude que andamos. A grande surpresa foram os quase 30 km por litro feito na passagem por Paso de Jama (andando sempre acima dos 3000mts de altitude) e em baixa velocidade.
É boa de curva.
Durante o percurso entre Moquegua e Puno, com seus 260 km de curvas, fechadas, fechadíssimas, esquinas e algumas mais abertas, a F800 se comportou bem. Há nesta pista muitos pontos com desmoronamentos, deixando a pista com sujeira, fazendo com que a moto em duas ou três oportunidades saísse de traseira. A dianteira se mostrou mais firme nas curvas. As duas DL650 se mostraram melhores nas curvas, mas perdem em retomada e ultrapassagem.
Perdeu potência acima de 4000 mts altitude. Para melhor aproveitamento, andava com o motor sempre cheio, com giro mais alto, mas foi notável a perda de potência. Na DL1000 não sentia a mesma perda, talvez pela diferença de HPs.
Quando viajamos entre Cuzco e Puerto Maldonado (Peru) a moto se mostrou extremamente versátil. Tenho dúvidas se conseguiríamos ultrapassar os diversos obstáculos com outra moto.
Devo salientar que a manopla com aquecimento foi extremamente útil nas grandes altitudes.
Os defeitos da moto para grandes viagens são facilmente detectados:
-Banco desconfortável – troquei pelo banco confort original da BMW
-Parabrisa muito baixo – substituído pelo mais alto da GIVI
-Altura do solo – com bagagem e equipamento, fica mais difícil qualquer parada ou manobra em baixa velocidade. É importante salientar que com o banco confort a altura do solo aumenta em mais 1,5 cm (creio que qualquer piloto com altura inferior a 1,75mts teria muita dificuldade em pilotar).
Esta altura toda acaba aumentando muito a arrasto quando há vento lateral forte. Este vento pega a moto e piloto meio de lado, incomoda e aumenta consideravelmente o consumo.
Os pneus com câmara acabaram sendo um tormento, pois furei os dois. Caso fossem pneus sem câmara, seria muito mais fácil o concerto.
Os pneus com câmara acabaram sendo um tormento, pois furei os dois. Caso fossem pneus sem câmara, seria muito mais fácil o concerto.
TINHA UMA ÁRVORE NO MEIO DO CAMINHO....
Muito legal as observações sobre o desempenho da GS 800, acima do esperado. Concordo contigo, um tanque maior ajudaria bastante em grandes viagens.Foi bom saber que fora os pneus furados não houve nenhum problema mecânico em 12.000 Km.
ResponderExcluirParabêns pela viagem
Abraço.
Zael-ABNEGADOS/MC