quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Nazca - Paracas

DIA 9  27/02
Ademir e Zé retornaram do vôo sobre as linhas de Nazca por volta das 10hs.
Resolvemos pegar a estrada rumo a Lima para ganhar tempo. Lendo as mensagens, descobrimos que os parceiros Maciel, Joel e Henrique tinham pernoitado em Paracas, cidade litorânea do Peru. Rumamos também para lá.
Chegamos a Paracas por volta das 17hs e ficamos em uma pousada no centrinho da cidade – Hotel Mar Azul -  simpático, barato (em torno de 130 soles) e com bom atendimento.
Saliente-se que não há garagem no hotel, mas nos ofereceram o hall de entrada para que colocássemos as motos.  Zé aceitou e subiu alguns degraus com a moto para deixá-la no hall. Ademir e eu deixamos as motos em uma garagem de aluguel a menos de 100 m do hotel.
Ter vindo para Paracas foi uma boa decisão, pois encurtamos a viagem para Lima e ainda vamos fazer o passeio de barco (custo de 30 soles por pessoa).Reservamos o passeio para amanhã de manhã cedo e após rumaremos para Lima, onde os amigos estão hospedados e nos aguardam.
O hotel é bem central e saímos a pé para jantar em um restaurante na beira do Pacífico. Comemos um bom peixe e bebemos pisco. 

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Puno - Nazca

DIA 8   26/02
Tomamos um  bom café da manhã no ótimo Hotel Sonasta, por volta das 6h30.
Motos prontas, bagagens carregadas e correntes lubrificadas, partimos antes das 8h00 rumo a Juliaca, litoral peruano e Nazca.
Começamos a subir uma cadeia de montanhas. Como estávamos a 3800 mts de altitude em Puno, imaginei que iríamos descer e não coloquei roupa quente, apenas a camiseta segunda-pele e outra de manga curta. Nos primeiros 50 km já andávamos a 4500 mts, fazia muito frio e tivemos que parar para colocar mais roupa...
A paisagem  novamente deslumbrante, muitas curvas e montanhas nevadas.
Para quem for viajar nesta rota, saiba que a viagem não rende. São muitas curvas em baixa veolocidade e, apesar de as motos serem muito ágeis (aceleram, freiam e fazem curvas mais rápido), a viagem é lenta.
A paisagem mudou próximo a Arequipa. Quente e desértica. Não há vegetação, apenas terra e poeira.
Era cedo da tarde e decidimos andar até o litoral, onde pretendíamos pernoitar.
Chegamos ao litoal peruano por volta das 17h00. Resolvemos andar mais um pouco, pelo menos até anoitecer. Os próximos lugarejos que passamos eram muito pequenos e sem estrutra, assim resolvemos rodar até Nazca. Entramos noite adentro viajando. Por sorte, os 100 km que antecedem Nazca foram muito tranquilos (estrada boa e bem sinalizada, apesar de bastante cansados e já doloridos de ficar o dia inteiro em cima da moto).  
Doíam as mãos- muitas curvas exigem do piloto aceleração e freadas fortes o que faz com que o peso do corpo seja suportado pelos braços e mãos no guidão. Sem falar da dor nos joelhos (várias horas com os coitados dobrados) e principalmente a dor na bunda (já pilotava praticamente meio tempo sentado e outro levantado do banco para o sangue circular e diminuir a dor).
Finalmente, chegamos a Nazca sãos e salvos, por volta das 21hs.
Nos hospedamos no hotel NAZCA LINES HOTEL. Bem central com bom custo-benefício, em torno de 150 dólares para os três.
O Ademir e o Zé foram voar sobre as famosas linhas de Nazca. O Ademir é piloto ou foi piloto de avião a motor e planador. Pare ele, o enjôo de voar não deve ser levado em conta, ou seja, acho que ele não fica indisposto com o sacolejar do danado do teco-teco (Cessna 207). Não fui ver as linhas porque, ao contrário do colega, sou bastante sensível para marear e enjoar.
Bem, ambos retornaram dizendo que foi um ótimo passeio com duração aproximada de 30 min e custo de 100 dólares por pessoa. Para fazer o passeio, o turista deve se dirigir ao aeroporto com documentos de identidade, preferencialmente o passaporte, que é  exigido pelo empresa responsável pelo vôo.O passeio deve ser feito muito cedo, para evitar a turbulência,  que é maior no período da tarde.

Fotos: Puno e Ilhas Flutuantes de Uros

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Moquegua - Puno

DIA 07  25/02
Durante o jantar no hotel na noite anterior, o grupo decidiu se separar: 3 irão direto para Nazca (Joel, Maciel e Henrique) e eu, Ademir e Zé Brava vamos até Puno, visitar o Lago Titicaca e ilhas Uro. Planejamos nos encontrar  em Lima, em dois ou três dias.
Tomamos café as 7hs, nos despedimos dos companheiros que partiam para Nazca e um  pouco antes das 8hs partimos rumo a Puno para visitar o Lago Titicaca e as Ilhas Flutuantes de Uros.
Durante o café estávamos vestidos com bermuda e camiseta, temperatura amena. Começamos a subir e subir cada vez mais. E quanto mais alto, mais linda ficava a paisagem, agora os cerros têm um pouco de verde. Quando chegamos próximos de 4000 mts altitude, fomos obrigados a parar e colocar roupas mais quentes.
A temperatura, medida pelo termômetro da moto, novamente chegou a 2graus,  quando houve o sinal de alerta, pois nesta temperatura a pista pode estar congelada. Segundo o GPS, rodamos a 4600 mts.
Paisagem maravilhosa, em cada curva uma montanha colorida e muitas delas nevadas.
Há pouco mais de 1 ano eu e Cris atravessamos o Paso San Francisco, de beleza ímpar. O que vi hoje, salvo melhor juízo, está no mesmo nível.
Aos viajantes (moto ou carro) fica um conselho:  cuidado com sujeira nas curvas devido aos desmoronamentos, pois em duas oportunidades entrei nas curvas e não consegui tangenciar para sair das pedrinhas soltas e a moto saiu um pouco de traseira. Outro cuidado: quando se anda acima dos 4000 mts, as llamas atravessam a estrada, ou simplesmente permanecem em cima do asfalto, algumas com seus filhotes... bonito de ver.
Também chama a atenção a característica do povo que vive no altiplano (interior do Peru).... principalmente a vestimenta, todos se vestem da mesma maneira, chapéus para homens, mulheres e crianças, saias coloridas com calças compridas por baixo. Parece que não houve miscigenação de raças, pele bem escura e pouca estatura –baixinhos.
Nós três ficamos bastante cansados e ofegantes, pois são mais de 250km de curvas em grande altitude, com pouco oxigênio.
A chegada a Puno é interessante, pois a gente vê o lago Titicaca, o mais alto do mundo, de cima.
Procuramos um hotel, excelente e de bom preço, além de extremamente bem localizado. Os quartos têm vista para o lago. Dá para recomendar sem medo: Hotel Sonesta.
Alugamos um barco e fomos visitar as ilhas flutuantes de Uros.
Passeio privativo, alugado no próprio hotel ao preço de 25 dólares por pessoa. O  guia nos pegou no hotel e fez breve relato do histórico das ilhas, seus habitantes (Quexuas, Aimaras...).
O guia e  o chefe da família nativa da ilha que visitamos nos induziram a dar um pequeno passeio de barco feito de junco. Atividade pega-turista por apenas 20 soles por pessoa (1 dolar vale 2,66 soles). Passeio apenas para bater algumas fotos.
Uma espécie de chefe de família, junto com o guia, nos deram informações acerca da maneira como se constrói uma ilha flutuante, cozinham e fazem fogo.
À noite, jantamos em um restaurante no centro de Puno. No Lago Titicaca há bastante trutas, do tipo salmonada. Prato servido e deve ser pedido em qualquer restaurante. O preço nos restaurante é bem mais barato que no Brasil. Um prato de truta com vegetais e batata custa em torno de 30 soles.


Lindas paisagens no caminho para Puno
 

Para quem conhece... arredondamos os pneus nas curvas

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Iquique - Moquegua

DIA 7 -  24/02

Saímos do hotel em Iquique antes de amanhecer,  às 7 hs.
A paisagem continua um grande deserto, às vezes subimos a mais de 1000 mts e logo descemos grandes  cerros por kms e kms.
No Chile  há fiscalização na estrada. Temos que parar e apresentar os documentos que foram fornecidos pela Aduana. Uma espécie de controle, pois eles colocam um carimbo que é verificado na saída do país.
Aduanas em Arica; Chile e Santa Rosa; Peru-complexo fronteiriço Santa Rosa.
Ao chegarmos  nas proximidades da aduana, vimos  o trecho que estava interrompido devido às minas explosivas que foram deslocadas pela chuva muito forte. No terreno dos dois lados da estrada havia haviam militares fazendo a segurança  do local e cercas.
As minas foram responsáveis pelo fechamento da  fronteira entre Chile e Peru por vários dias, deixando  inumeras pessoas acampadas na fronteira.
Foi uma dureza ... chegamos na aduana do Chile às 11h40 – uma fila enorme nos esperava.
Os colegas foram para a fila e enquanto eu tirava a jaqueta .... se apresentou um motociclista alemão e me disse que primeiro deveríamos comprar uma papeleta para os veículos e só depois entrar na fila de imigração. Ele aprendeu isto da pior  forma possível. Os parceiros permaneceram na fila de imigração e eu e Joã Henrique fomos  comprar as tais papeletas (espécie de lista de passageiros) em um bar (cassino) no segundo andar do complexo – preço 500 pesos  (em torno de 1 dólar) cada. Fomos preenchendo as papeletas com os dados das motos e dos condutores na fila mesmo, acabamos ganhando algum tempo. Demoramos em torno de 1 h.
A tal da aduana peruana é extremamente complicada e com precárias informações. Primeiro imigração (fila de 1h) . Pensávamos que estava pronto. Não estava. Depois tinha que entregar a targeta de imigração a um oficial que estava na pista –  e que carimbou o documento. Fomos encaminhados a ooutro oficial que também estava na  pista-carimbou a papeleta. Fomos dirigidos a uma sala chamada cit para então entregar a papeleta com os carimbos... barbaridade ... cada documento apresentado ao único oficial  até parecia que o sujeito fazia um processo de importação ...acho que demorava  pelo menos 20 min cada atendimento. Permanecemos na aduana peruana mais duas horas. Estava quente, mais ainda com a roupa de moto.
Em compensação, todos ajudam, informam, querem saber de onde somos, para onde vamos. Duas senhoras peruanas pediram que tirássemos fotos com elas na frente das motos. Foram o Joel e o Ademir e elas pediram para os demais também aparecerem- fui ... acho que a peruana tinha menos de 1,30cm.
Conseguimos todos os documentos, carimbos, cópias,.... embarcamos nas motos, que naquele momento eram a sensação do local, andamos 500 mts. Tinha que entregar papeleta para outro oficial.
Começamos a viagem novamente. Clima seco, quente, umidade zero....
50 km após, nova fiscalização. Estacionar as motos tirar as luvas, capacete.... se apresentar a um oficial que anotou o número da tal papeleta em um livro e novamente carimbou. Parece que devemos mostrar o documento na saída com todos os carimbos.
Depois de mais 100 km,  avistamos Moquegua, que parece um oásis.
As montanhas ao redor sem qualquer vegetação, nem uma graminha verde. Moquegua vista de cima daquela cadeia de cerros parece um verdadeiro oásis...verde brilhante, vegetação,  impressionante.
Plantações de uva para vinho, pisco . Cidade com 65 mil habitantes. Hotel de ficar de boca aberta.
Hotel El Mirador, no alto da cidade. Preço justo, bom atendimento. Com tranquillidade indicar aos viageros.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Iquique

DIA 6 - 22/02
Não estava nos planos, mas o grupo decidiu permanecer mais um dia em Iquique.  A cidade é bonita, tem zona franca. Acreditamos que diminuiria o número de pessoas na  fronteira  e assim eu me resquardo um pouco e descanso para recuperar a virilha machucada. Já tive lesão no mesmo local –tendão- e foi muito dificil melhorar.
Muito repouso no hotel, mas a tarde saio um pouco pra apreciar a cidade.
Lemos em um jornal local que a fronteira entre Chile e Equador esta fechada há vários dias. Parece que com as chuvas algumas minas (bombas explosivas da época da guerra do Pacifico) foram deslocadas e algumas inclusive apareceram a céu aberto- campo minado. Sabemos que algumas já foram retiradas e explodidas.
Noticiam que a fronteira abriria no dia de hoje. mas há milhares de pessoas acampadas no local para atravessar a fronteira.
Jornal local




Costaneira, Iquique

Subida para o Paso de Jama - Andes

Turma das Quintas nas Salinas Grandes (entre Purmamarca e Susques)


Pelo caminho


Foto de um vulcão, clicada por Joel

                                                      Flme: a caminho do Paso de Jama

Calama-Iquique

DIA 5 – 22-02
Às 8hs em ponto saímos de Calama rumo a Iquique.O trecho era menos de 400 km, para os padrões, até que era curto.
Desde que subimos o passo de Jama, as estradas estão com muita água e algumas pedras, acho que choveu demais no deserto do Atacama... ou houve um calor excessivo e derreteu muita neve, pois a água as vezes passa por cima da estrada.
A aproximadamente 150 km de Iquique,  nesta secura total, havia um ponto na estrada com água e barro. Passamos bem devagarinho. Quando eu já tinha saído do barro (ou pelo menos eu achava que estivesse no seco) acelerei a moto enquanto fui olhar para minha bota pra ver a sujeira. Não deu outra, a moto simplesmente saiu de baixo de mim e fui para o chão.
Os amigos me ajudaram a levantar a moto com dificuldade, pois estava escorregadio e ela estava muito pesada.
Parece que a moto sabe cair melhor do que eu... nem  um arranhão. O protetor de punho segurou a moto, que tá bastante suja de barro. Acho q os alemães fabricaram esta moto pensando em queda...
Como já tinha saido do barro, mas ainda estava  bem devagar, quase não machuquei. Bati o joelho direito no chão. Ao cair creio que  abri demais a perna esquerda e o tendão da virilha tá doendo bastante. Consigo caminhar mancando (puxando a perna).
Seguimos viagem, visitamos a mina Humberstone, é bonitinha. Cidade abandonada no meio do deserto e patrimônio da humanidade...... primeiro ponto turistico da viagem.
Nas proximidades de Iquique, paramos para abastecer e como estavávamos muito sujos de barro, pedimos a uma pessoa que lavava carros para nos borrifar água e tirar o barro como se estivessse lavando um carro. A imagem do sujeito lavando as pernas e botas com um jato de lavar carros foi engraçada.
O apart onde estamos está bem localizado para uma cidade litorânea, a cerca de 200 mts do Pacifico. Mas é ruinzinho e caro: 100 dólares –quarto pra dois.
Café da manha para dois é servido no quarto (parece charmoso, né?);  dois pães, um queijo (precisamos dividir), um presunto (também dividido em dois) e um pouco de manteiga (bem pouco mesmo) , café e leite. Economia porca pra afastar hóspedes, pois com um dólar a mais na despesa do café a gerência o tornaria muito melhor. Para NÃO recomendar, Apart  Hotel Turismo Capri- Iquique


 
   Auxiliando os paulistas Roberto e Ricardo, que ficaram sem gasolina no norte da Argentina.

Thumberstone
 
1.150 km depois, jantar e cerveja em San Salvador de Jujuy, AR

San Salvador de Jujuy - Calama

DIA 4  21-02
Partida às 8h30, tarde para nossos padrões.
Devido ao cansaço do dia anterior,   saímos para abastecer as motos antes das 7h00, para fugir das filas. Conseguimos e tive que convencer o frentista a encher duas PETs -4litros- de gasolina para reserva. Disse a ele que realmente necessitava do combustivel, pois se assim não fosse teria que abortar a viagem .......até o Equador....
Começamos a subir a cordilheira com temperatura em torno de 20 graus –diferente do dia anterior, quando fez 39 graus.
Parei para tirar algumas fotos e me atrasei -fiquei para trás do grupo. Eles não estavam preocupados, pois eu já conhecia a região. Não percebi a indicação para Jama e comecei a aumentar a velocidade para alcançar o grupo. Não conseguia. Fui perceber que havia errado o caminho quando passei por Maimara. Retornei mais  ou menos10 km. e o pessoal estava me esperando em Purmamarca.
Continuamos subindo e logo a temperaura  passou a 15, 10, 6 graus (esta última nos acompanhou por quase  todo o percurso).
Chegando ao posto em Susques, prá variar não havia combustivel nem frentista. A gerente do restaurante no local informou que o frentista estava borracho e que não havia gasolina.
Completei o tanque com o conteúdo das duas PETs e comecei a rezar. As motos teriam que fazer aproximadamente 480 km sem abastecimento, pois o próximo posto somente em San Pedro Atacama. Minha moto tem tanque de 16 lts, e faz em média 20kms por litro - autonomia de 320km. Com os 4 lts de reserva, a autonomia aumentaria para  400km. Segundo meus cálculos, eu teria que fazer 510 km (480  mais os 30 que me perdi). Provavelmente ficaria sem combustível  antes de descer a cordilheira – isto assusta qualquer um.
Todos tinham gasolina reserva. Porém o Ademir, (moto BMW GS 650 com motor dois cilindros igual – um pouco mais amansado, com 10 HP menos, em torno 75JP) perdeu a gasolina reserva . O galão de combustível de 5 lt que ele carregava furou porque não ficou bem amarrado na bagagem da moto e ficou pendurado. Perdeu a gasolina e teve que jogar fora o galão.
As duas GS Adventure têm tanque com 33  lts- não teriam problema- mas também não poderiam fornecer gasolina para as outras 4 motos. Assim ninguém chegaria a  San Pedro...
Teriamos que andar muito devagar para aumentar o rendimento das motos, e assim fomos .
Subimos a 4830 metros altura, segundo o GPS. Estava muito frio. Não vim muito preparado, pois estamos indo para o Equador, calor, calor...
Acredito que havia nevado umas horas antes, pois ainda tinha algum gelo bem próximo da pista (neve em fevereiro).
O marcador de temperatura da GS 800 começa um sinal de alarme quando chega a 2 graus. Como estava com muito frio, eu não tirava o olho do marcador de temperatura e vi o quando ele piscou, indicondo 2 graus. Um pouco mais alto e chegou a 1,5 graus. Parei para tirar foto das montanhas com gelo bem próximas e  agachei ao lado de um pequeno bloco de gelo no acostamento.
Andei mais um pouco e a temperatura começou a subir. 4, 5, 6, 4 graus de novo e logo estabilizou nos 8 graus.
Eu não estava passando muito bem, com a tensão da provável fala de combustivel naquele lugar  inóspito e devido a altitude acabou por me doer um pouco a cabeça.
A moto entrou na reserva quando começamos a descer. Conseguimos chegar  a San Pedro. A média de km por litro foi próxima de 30...
Em San Pedro, uma pequena fila para abastecimento no único posto e seguimos pra Calama- todos já conhecíamos San Pedro.
Em Calama procuramos hotel e nos hospedamos em um muito bom e nada barato.
Tomamos vinho, jantamos  e fomos dormir. Estava com muito sono, cansado e estressado.





Próximo ao Paso de Jama
Abastecendo a moto em Susques, com a gasolina reserva.

Bloco de gelo ao lado da estrada


Ademir - interior da Argentina
                                             
João Henrique




SUBIDA PASO DE JAMA

                                     

Assunção - San Salvador de Jujuy

DIA 3   20-02
Depois de um bom jantar (durante o dia somente rodamos de moto, não almoçamos. Quando sobra um tempinho fazemos um lanche - sanduíche, pastel) e de uma reduzida noite de sono, acordamos às 4 h para arrumar as motos e partir às 5h30 rumo ao Chaco argentino.
Quando amanheceu já estávamos em frente à Aduana paraguaia. Não demorou muito e logo nos colocamos em marcha. O Google e o GPS davam como melhor a XXXXX, mas tivemos informações de que a estrada não estava boa e fomos por Clorinda.
Tínhamos de rodar mais de 1000km e antes das 10h já fazia 30 graus.
Pilotagem difícil, nós rumo Oeste e o vento rumo Nordeste. Difícil, o vento te pega meio de lado, os pequenos parabrisas das motos não dão conta. Para cumprir nossa meta do dia, tivemos de manter uma velocidade compatível, ou seja, mais de 120 km/h e assim o vento estoura no capacete durante todo o tempo.


Mas andar de moto não é só perrengue, não. É sofrido, mas gratificante. Não sei bem o que aqueles que  grandes viagens de moto pensam, pois andar na chuva, vento forte, sol escaldante, frio, calor... a gente devia ir de carro ou avião.
Grande problema: falta de gasolina no norte da Argentina. Todo ano é a mesma coisa. Em alguns postos há combustível e em outros não. Como a autonomia de uma moto gira em torno de 300 a 350 km, é normal os motociclistas ficarem na estrada sem combustível. E foi exatamente o que ocorreu: um grupo de paulistas (Ricardo, Renato e Rômulo) ficaram sem gasolina a mais ou menos 80 km do próximo posto. Foi uma dureza com aquele calor na beira da estrada (quem conhece a região sabe, não há sombra).
Minha moto entrou na reserva, mesmo com os 4 litros extras que eu abasteci em duas garrafas PET. O Joel tirou um pouco de gasolina da moto dele (tanque enorme; 33 litros) e comboiamos o Renato (com uma Tiger) andando a menos de 100 km/h para economizar combustível.
Chegamos ao hotel em Jujuy bem à tardinha, muito cansados.
No último posto que parei, tomei 1,5 litros de água e refri. Estava realmente desidratado.
Ao chegarmos um Jujuy havia grandes filas nos postos de combustível. Também problemas de abastecimento. Deixamos para abastecer as motos na manhã seguinte, bem cedo.


Amanhecer na aduana de Clorinda (Paraguai - Argentina)
                    

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Medianeira -Assunção

DIA 2 – 19-02
Por volta das 7h30, já estávamos na estrada rumo à fronteira - louco prá chegar .
Chegamos antes das 9h na Aduana.
Fizemos a imigração paraguaia que, diga-se de passagem, foi uma molezinha. Era domingo de carnaval e manhã cedo, não havia quase ninguém na rua e nem fila para imigração. Mesmo assim, deu pra perrceber o fervo que deve ser aquilo em dia de semana.
A parte do Paraguai na qual andamos é extremamente semelhante à região missioneira no RS: muito calor, terra vermelha e algumas aldeias indígenas.

A estrada para Assunção é ótima e pedagiada. Moto não paga, passa pelo lado. 
Hoje, pela primeira vez na minha vida de motociclista, tomei água andando de moto. Um dos colegas estava tomando água com a moto em movimento (na estrada) e fez sinal se eu também queria. Sinalizei que não. Então ele ofereceu a garrafa para outro, que tomou um pouco e devolveu a garrafa. Como eu estava morrendo de sede e lembrei que meu capacete é escamoteável (levanta a parte da frente) cheguei perto, pedi a garrafa e bebi alguns goles.
No início da tarde, chegamos à capital paraguaia, sempre acompanhados de muito calor. Ótimo hotel e preços baixos - graças à pesquisa da Cris no site.
No dia seguinte, teríamos um grande desafio, ou seja, rodar os 1.150 km mais ou menos, de Assunção a Jujuy, com um calor infernal.


Pelo interior do Paraguai. Calor infernal.
                                

Chegada ao hotel em Assunção
                                         Parada estratégica para beber água. Interior do Paraguai.

sábado, 18 de fevereiro de 2012

Florianópolis - Medianeira

DIA 1  18/02

Marcamos  a saída de Floripa para 6hs. Acabei chegando 5min atrasado. Moto nova, dificuldade em acertar a bagagem, etc.
O dia transcorreu normalmente, apesar do grande movimento na estrada devido ao Carnaval. Mesmo assim, conseguimos andar bem e fizemos os  860 km planejados sem sustos.
O calor era intenso, as roupas de moto normalmente são impermeáveis e, por isso, extremamente quentes, em muitos momentos ficamos encharcados de suor .. Uma dor de cabeça me acompanhou por todo o dia.
                Comprovantes de pagamento de pedágios no trecho entre Florianópolis-Medianeira.


Chegamos a Medianeira por volta das 16hs. Pelo roteiro original, dormiríamos em Foz do Iguaçu. No entanto, não conseguimos reservar hotel para apenas um dia, somente reservavam o pacote de carnaval. Assim, ficamos em Medianeira, no Harbor Hotel. Hotel honesto, com  piscina –que conseguimos aproveitar um pouco, pois estava muito quente.
Cometi uma grande burrada: fui lubrificar a corrente  e, não enxergando direito (véio é foda...), depois de colocar  a  moto no cavalete central, rodei o pneu  com a mão enquanto lubrificava  a corrente como spray. Quando me dei conta, tinha engraxado todo o pneu. Imaginem a situação, fazer curvas com o pneu traseiro engraxado... com todo aquele calor, com as roupas de moto, apressado para tirar a roupa e colocar  uma bermuda, ainda tive que conseguir uma mangueira com o Joel para tirar gasolina do tanque e lavar o pneu para limpar a graxa.
Jantamos por volta das 21 hs e, todos cansados, fomos para os quartos.
Amanhã, despertador para as 6h30,  entrar no Paraguai rumo a Assunção.

Florianópolis, 6h da manhã. Tudo pronto.
Despedida
Início da viagem.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Carregando a moto na véspera da viagem

                           Últimos preparativos: noite anterior a partida. Amanhã cedo, pé na estrada.
A moto carregada e os guris faceiros.
                                                Equipamento de proteção (protetor de ombro)


quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

VIAGEM - ATOS PREPARATÓRIOS

                                         Revendo roteiro com cervejinha na praia do Campeche.


ORIGEM DESTINO KM KM TOTAL
Florianópolis Curitiba 301 301
Curitiba Foz Iguaçu 635 936
Foz Iguaçu Asuncion 340 1278
Asuncion San Salvador Jujuy 1060 2336
San Salvador Jujuy San Pedro Atacama 480 2816
San Pedro Atacama Calama 100 2916
Calama Iquique 350 3016
Iquique Arica 300 3316
Arica Moquegua 200 3516
Moquegua Juliaca 300 3816
Juliaca Chivay 266 4082
Chivay S. Juan de Sihuas 191 4273
S.Juan Sihuas Nazca 468 4741
Nazca Ica 150 4891
Ica Pisco 80 4971
Pisco Lima 245 5216
Lima Huaraz 433 5649
Huaraz Lambayeque 555 6204
Lambayeque Cuenca 682 6896
Cuenca Quito 432 7328
Quito Manta 423 7751
Manta Salinas 208 7959
Salinas Guayaquil 108 8067
Guayaquil Chiclayo 740 8807
Chiclayo Lima 770 9577
Lima Cuzco 1013 10.590
Cuzco Inapari 655 11.245
Inapari Rio Branco 332 11.577
Rio Branco Porto Velho 512 12.089
Porto Velho Ariquemes 198 12.287
Ariquemes Vilhena 503 12.790
Vilhena Cuiabá 765 13.555
Cuiabá Campo Grande 705 14.260
Campo Grande Ourinhos 647 14.907
Ourinhos Florianópolis 715 15.622
                                
                   ROTEIRO PREVISTO




Participantes (da esquerda p/ direita): João Henrique, Joel, Muller,
 Maciel, Zé Brava e Ademir


MOTO NOVA PARA VIAGEM



Exibir mapa ampliado

 ROTEIRO PREVISTO